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Mostrando postagens de 2021
                                 Acordei cedo, hoje, muito antes  do toque de despertar. Como? Nem sei se dormi; Você não pode acreditar, ter acordado. Pode? Quem, bom da cabeça, consegirá pegar no sono, sabendo que será executgado no amanhã? Uma noite, eternidade. Me via desaparecendo entre os guardas, quando vinham me buscar, levar à câmara de execução. Ficavam tontos ao me ver, mas encontrarem o vazio, tentando me segurar. Imprecações de toda sorte, gritos chamando mais gente para ajudá-los, Eu atravessava portas, paredes, tetos e assoalhos. Tinha de ser descoberto, pois volta e meia dizia ter-me e logo sumir. Corria para todos os lados, mas a saída? Labirinto, torturar o fujão e, depois, encontrado,castigado brutalmente. Via o mar ao longe, por onde não poderia sair, salvo se pudesse andar sobre as ãguas, como dizem do filho do carpinteiro José. Não como conhecer este lugar, adredemente preparado para enterrar o vivente, por séculos isolados em seu pavilhão, té que venha a sair ou

                                        Quem deu a estes caras, poder para matar?Nós? Iríamos dar-lhes poder para nos matar? Nunquinha! Uma usurpação dos maiorais. Quantos deles, condenados à morte, hein? Me aponte um. A não ser por politica, assim mesmo, nem sempre o fazem, medo de revanches. Mas o pobre coitado que nem eu?  Condenados de montão. Basta olhar os corredores da morte nas masmorras do Estado. Aqui mesmo, perto de mil. Mil esperando a morte, no corredor sombrio, uns como Chessman, estudam, escrevem, pintam, outros apenas vegetam,  desiludidos da justiça dos dominantes e fazem muita besteira e atraem para si o ódio, o despezos dos olhos claros. Gente que se vê como morto-vivo, sem motivação para arredar uma pena. 
                                                           Não matei por querer, nem acreditando ter poderes para matar. A bem dizer, não tenho a menor ideia de como cheguei àquele momento, tenho certeza, o menor impulso de outrem e eu não o teria matado, podendo até morrer. Haverá alguém capaz de definir um momento deste? Embora tentem se apropriar de outros planetas, não creio que o homem tenha chegado a um tal grau de conhecimento que possa definir um assassinato.                                O que passa na cabeça de alguém naquela exato momento. É tudo tão rápido que não se pode lembrar. Que velocidade tem a luz num segundo? Assim será aquela hora.                                  Coragem nenhuma, já, pensava, um morto-vivo. Não via luz, Tudo, como uma névoa espessa ante mim. Escovar dentes, pra quê? tomar banho, lavar o rosto? Ali mesmo me mijei todo e caguei nas calças. Se quiserem executado limpo, que venham me dar banho. Pena de morte e querem dar exemplo de democracia para o
                                  Narube, sim de dentro para fora, como tudo começou; Primeiro, um forte cheiro, depois o fumaça, depois fuligem, depois o inferno. Já foste ao inferno, não, Dante foi, pinto-o do mesmo jeito, sem plagiar, entretanto. De longe, todos riam, sem imaginar que ali havia gente. Ouço Ibsen, o Canto de Solveig, esperando Peer Gynt,  segundo Grieg. Kanke vil der ga bade Vinter og var. Pode passar o inverno e a primavera desaparecer, um dia, eu sei, tu irás aparecer. Oh inverno de nossos dias, quando partirás?                        Verde ainda sou, por quê partir, agora? Quem assim determinou meu destino? Quem está a manipular os cordões da existência? 
                                                 E antonce aconteceu o acontecido sem que ninguém pudesse impedir, nem remediar. Tudo escrito na coloração da pele, no cabelo enrolado, no falar estropeado, na camisa esfarrapada, no sapato esburacado. Destino? Querer muškaraca, dos homens. E Cavazzuti que dantes tentaram e não conseguiram  acidentar, nem suici dá seu último suspiro em  terras de Dante.
                                                                     Tamo cheio de mecê, cara. Todo mundo agora quer ser, ganha muita grana e fama. Quem diabo quer abrir um livro? Passar fome? E queimaram um arquivo, bem queimado, não fará mais eco, assi como, n um jaleco de pau, eu. Outro, nem água consagrada salva. Imbrochável, intocável e bronco. Simbica, tamos lenhados. Agora quer vacina.
                                 E quem se importa com bicho? Jacarezinho, hahaha. Copa? Todos. Distrai, e aí. Aí o que, esquerdopata? Você não sabe nadica de nada. Quem tutu tem, falado é.  Eu quero ver é pegar fogo. Quantos ficarão, quantos aprenderão? Samicas, nenhum.Mundacho torto.
                                                                                 Fere, fere mais que tudo no mundo, a traição. Oh, querida, tivesse eu dado-te ouvidos. Zoeira da zorra e eu aqui gelado, e eles? Amanhã, tomando todas, xepeiros, uma bosta, fiz. Oh, mundacho torto, ninguém  mais em paz, desde então. Entonce, qui fazê. Porra louquice. Das brabas, só podia entrar água. O orvalho vem caindo, vai moiá este meu chão. Óh meu deus, óh que medo, desta baita escuridão. Tiuru é água grande, estou em águas, águas, água grande. Por quê me  entristecer? Santo, não era. E no entanto, quanta esperança cortada, sem merecer uma chorada. Choro por quem não conheço e ao outro  desmereço. Passo pelo Caminho do Rio de Beber Água,  não bebo, estou em águas, como Pau Vestido, em Gandu, em águas, chorando,  em frente à Delegacia.
                                                                                        E se tivesse caído de bunda, mamãe? Mas qui bundada! Isto não é abundância de bunda, sim, bater a bunda em qualquer lugar, como umbigada. Ah, mandinga danada, quem te botou? Não me venham dizer que não. Se me las deram, tomei-as todas e pra quê? Emboscada, foram elas, não me venham dizer que não. Deram-tas, à migué. Que morram os curumbas, ele?  Desperdício, Eu? Muita água pra rolar. As águas vão rolar, garrafa cheia eu não quero ver sobrar.

CARTAS DO ALÉM

                                Aqui, cês nem imaginam,  frio, escuro e apertado. Mesmo que pudesse, não conseguiria me mexer, ainda bem, não sou claustrofóbico. E vocês aí, parem de brigar, agora Inês é morta. Azar, o meu, pensava, aguentar. Também, cada brincadeira! E agora? Tatuagem, entra-se no cèu? Casado ontem, hoje, a mulher num quarto, ele, noutro com biscate. Longe de acreditar. Nem me lembro o durante. Pensei? E pensar, nem houve mesmo, um boquete e minete, numai. Lâmia, voraz, devastadora. Um suspiro, e eu, como um morcego. Coragem? Covardia. Pura besteira, sovinice, uma conta, amigo é pra isto. estão se aproveitando? Assim, assim foi e será. Se me tivesse ouvido, nem medo, nem fuga. Muito barulho por nada, não é Henrique? nem saí do quarto. Fim de partida, não, não era,  não é Hamm?  Humm, alvoroto, se não fora, nem pulo, nem queda. A vida é sonho, não é Calderón? e sonhar quero continuar, no melhor dos mundos, aqui, silêncio, escuridão e o nada. Nada, nem fogo, nem gelo. N
                                               Si no hai lê, hai bagunça ah ê ê tud bien egt va bian com tie ber ba vo çe sa gen so qe qas que uqu do oe co ej voi neu pur sos ver cer bua dem cyu de inde ex destra verga bus pde fie is tha the il lo das mud mutter filius des son ibn, bin ben lor ado about no thing. Tiuru, a menina, minha chasa
                                              No cajuru parei. Asustadora boca, de tonitruantes sonidos. Quem a vê não prossegue, sem uma adarga protetora. Cá, o cão morde, feroz; cá, o cão assanhado expele pestilentas salivas e fere teu corpo e fere tua alma aturdidida e inquieta, valha-me o valhala. Cocoliztli se afastai de nós. 
                         Longe, bem longe no tempo,                                                                     Acreditei.                                                                                                   Crer, esperança e medo.                                                                           N´outro tempo, temei                                                                               Seria coragem?                                                                                         Tempo, eró, Tempo eró,                                                          Tempo, espaço-tempo                                                                             Em mim, um quase nada.                                                                       Amadureceste-me?                                                                                 Óh eterna incerteza!                                                            Deus Carmo