Acordei cedo, hoje, muito antes do toque de despertar. Como? Nem sei se dormi; Você não pode acreditar, ter acordado. Pode? Quem, bom da cabeça, consegirá pegar no sono, sabendo que será executgado no amanhã? Uma noite, eternidade. Me via desaparecendo entre os guardas, quando vinham me buscar, levar à câmara de execução. Ficavam tontos ao me ver, mas encontrarem o vazio, tentando me segurar. Imprecações de toda sorte, gritos chamando mais gente para ajudá-los, Eu atravessava portas, paredes, tetos e assoalhos. Tinha de ser descoberto, pois volta e meia dizia ter-me e logo sumir. Corria para todos os lados, mas a saída? Labirinto, torturar o fujão e, depois, encontrado,castigado brutalmente. Via o mar ao longe, por onde não poderia sair, salvo se pudesse andar sobre as ãguas, como dizem do filho do carpinteiro José. Não como conhecer este lugar, adredemente preparado para enterrar o vivente, por séculos isolados em seu pavilhão, té que venha a sair ou seja executado. Sem um dia certo, levava-se cindo, dez, quinze anos na tortura da espera. Por vezes subia ao ultimo andar de um pavilhão e tentava voar, porem, caia sempre em área da penitenciária, como se fosse uma maldição. Sirenes, gritos, luzes e correria, seria sonho? Estou, de novo, dormindo? Criança, costumava criar histórias como se as tivessem vivendo. Uma vida impossível de ser vivida.
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