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                     Marlene? Sou, Engelhorn. Herdei uma fortuna e nada fiz para isto. E o Estado nem cobra impostos para redistribuir. Você, caro leitor deste mundo louco, acha isto justo? Tão jovem com tanto poder? Não sei como gastar. Injustiças do mundo. O trabalhador paga impostos de seu suado xelim. Não se redistribui, até um dia estourar tudo. Terão todos a paciência dos indianos? Não, o mundo pode estourar um dia. Guerras civis, entre nações, mundial,  nada mudará. E o rico torna-se mais rico. E o pobre, mais pobre. Reabre-se o caminho, mais guerras. Cíclicas.  Veja-se o dálite, quanta aceitação quanta paciência! Até quando? Os tiroteios em Norteamérica. Ataca-se escolas, hospitais, clubes, festa. E eles, querendo esconder uma revolução efervescente, calam o atirador, matando-o e constroem uma narrativa. Lobo solitário, esquizofrênico, paranoico e outros epítetos e há quem acredite. Até o dia em que não se possa manter esta história e o balde derramar. Que tal, Mlle. Marlene, importar gelo da Groenlândia para matar a sede nordestinos, africanos e asiáticos?          Tenha muito cuidado na escolha dos conselheiros, para eles não te deixarem de tanga, com a cuia na mão. Não te esqueças, os teus para ganharem, muito difícil foi,  para gastares, muito fácil sera. Que nada seja dado. Mesmo a mão que dá, pode, um dia, ser esfacelada. Que tua ajuda não seja um dar pura e simplesmente, busca um retorno no que faças; que mais empréstimo seja que doação. O dado não traz compromisso nem obrigação, por u’a mão entra e pela outra sai. O dado será comido e mais te pedirão e se não mais puderes dar, te tomarão à força o guardastes pra viver e te levarão, ainda, aos tribunais. Lembras-te de Viridiana? Pergunta a Nietzshe o que é caridade. ?Perguntastes?

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