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Mostrando postagens de novembro, 2021
                                 Acordei cedo, hoje, muito antes  do toque de despertar. Como? Nem sei se dormi; Você não pode acreditar, ter acordado. Pode? Quem, bom da cabeça, consegirá pegar no sono, sabendo que será executgado no amanhã? Uma noite, eternidade. Me via desaparecendo entre os guardas, quando vinham me buscar, levar à câmara de execução. Ficavam tontos ao me ver, mas encontrarem o vazio, tentando me segurar. Imprecações de toda sorte, gritos chamando mais gente para ajudá-los, Eu atravessava portas, paredes, tetos e assoalhos. Tinha de ser descoberto, pois volta e meia dizia ter-me e logo sumir. Corria para todos os lados, mas a saída? Labirinto, torturar o fujão e, depois, encontrado,castigado brutalmente. Via o mar ao longe, por onde não poderia sair, salvo se pudesse andar sobre as ãguas, como dizem do filho do carpinteiro José. Não como conhecer este lugar, adredemente preparado para enterrar o vivente, por séculos isolados em seu pavilhão, té que venha a sair ou

                                        Quem deu a estes caras, poder para matar?Nós? Iríamos dar-lhes poder para nos matar? Nunquinha! Uma usurpação dos maiorais. Quantos deles, condenados à morte, hein? Me aponte um. A não ser por politica, assim mesmo, nem sempre o fazem, medo de revanches. Mas o pobre coitado que nem eu?  Condenados de montão. Basta olhar os corredores da morte nas masmorras do Estado. Aqui mesmo, perto de mil. Mil esperando a morte, no corredor sombrio, uns como Chessman, estudam, escrevem, pintam, outros apenas vegetam,  desiludidos da justiça dos dominantes e fazem muita besteira e atraem para si o ódio, o despezos dos olhos claros. Gente que se vê como morto-vivo, sem motivação para arredar uma pena.