Se ela tivesse saído de dentro dela, mesmo que não desejada, juro a vocês que ela não teria agido assim, preferindo os sobrinhos a ela que não era carne de sua carne, sangue do seu sangue; não lhe teria impingido tantas dores, tanta humilhação. Ela, fruto não desejado de um coito proibido entre o senhorzinho e a serviçal da casa foi arrancada do seio maternal e entregue a um casal estéril que a batizou, deu-lhe o nome e cuidou de lhe educar. Ninguém pode tirar do bebê o lar do sangue. Um direito seu, personalíssimo, mamar em peito materno, ferido, em absoluta incapacidade de defesa, não tem volta, nem é possível reparação, semelhando à hediondez. Eu te compreendo, não deveria insurgir-te contra tua mãe, mas ao mesmo tempo me pergunto, agiu, ela, como mãe? Muita gente te chama de ingrata. Por acaso pediste para ser arrancada do seio materno para viver em lar alheio? Agora, nem mãe de cria, nem mãe de sangue, tu não tens nenhuma.
Foi um dia qualquer no bairro da Bela Vista, em Porto Alegre no Rio Grande do Sul, que o senhorzinho de uma família abastada, depois de muitas tentativas infrutíferas, conseguiu seduzir a doméstica da família, uma bela moçoila vindo do interior do estado, tendo com ela um apressado ato, incapaz de tirar a virgindade do dois, mas ao qual se seguiram outros, no quartinho reservado a empregada, que culminou com a gravidez da moça.
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