Meu nome é Jesus. Não queiram associar este título ao bordão político do barbudo Enéas. Se assim comecei é porque faço questão de enfatizar meu nome, hoje, por tantos, vilipendiado, usado em vão. Muito do que se faz e se diz em nome, não no é. Quero provar, mesmo que se diga, não ter eu existido historicamente, não ter tido vida material, que, ainda assim, fui, para muitos, o caminho. Até me conformo em dizerem que eu não existi, mas dizer, como Celso disse, que eu fui gerado de uma pulada de cerca de minha mãe, que sou filho de um tal de Tiberius Julius Abdes Pantera, soldado romano, é demais. É muita maldade. Não há mal algum em ser filho de um milico, xô, xô preconceito, chateado, tou, pela cerca. Mamãe não pulou cerca. Quem não ficaria zangado, vendo a mãe xingada? Os que negam a minha existência, nem admitem ter nascido, mas há, como Celso, os que negam minha palavra, dizendo ser eu um simples filho de um soldado romano com uma judia sem escrúpulos, desacreditando meus ensinamentos. Sei que aquela história do Espírito Santo é um tanto quanto, como diria? Nem meu pai acreditou, mas fazer o que?
Marlene? Sou, Engelhorn. Herdei uma fortuna e nada fiz para isto. E o Estado nem cobra impostos para redistribuir. Você, caro leitor deste mundo louco, acha isto justo? Tão jovem com tanto poder? Não sei como gastar. Injustiças do mundo. O trabalhador paga impostos de seu suado xelim. Não se redistribui, até um dia estourar tudo. Terão todos a paciência dos indianos? Não, o mundo pode estourar um dia. Guerras civis, entre nações, mundial, nada mudará. E o rico torna-se mais rico. E o pobre, mais pobre. Reabre-se o caminho, mais guerras. Cíclicas. Veja-se o dálite, quanta aceitação quanta paciência! Até quando? Os tiroteios em Norteamérica. Ataca-se escolas, hospitais, clubes, festa. E eles, querendo esconder uma revolução efervescente, calam o atirador, matando-o e constroem uma narrativa. Lobo solitário, esquizofrênico, paranoico e outros epítetos e há quem acredite. Até o dia em qu...
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