Ninguém sabia de nada. Toda uma cidade. Agora ele está doente. Agora basta ser preso para estar doente? Será mesmo Adélio? Eu sou João de Deus. Não em mim, não faço milagres. Não caminho sobre águas, nem multiplico pães. O milagre faz o povo, não é Wanessa? Oh, santa hipocrisia, por que o acusam agora? Não fomos nós que o procuramos, para rememorar os primeiros tempos dos cristãos, adoradores de esperma? Não acreditamos nós que o esperma é a vida que o Altíssimo nos premiou para a conservação da espécie? Todos vestidos de branco, cada homem em frente a u´a mulher, cada mulher em frente ao homem. As luzes como que morrem para permitir melhor concentração. Um olhando fixo no outro. Louvam o Senhor, pedem sua benção. Se tocam, se apalpam, se beijam, se esfregam. Os músicos tocam os instrumentos num crescendo.
Marlene? Sou, Engelhorn. Herdei uma fortuna e nada fiz para isto. E o Estado nem cobra impostos para redistribuir. Você, caro leitor deste mundo louco, acha isto justo? Tão jovem com tanto poder? Não sei como gastar. Injustiças do mundo. O trabalhador paga impostos de seu suado xelim. Não se redistribui, até um dia estourar tudo. Terão todos a paciência dos indianos? Não, o mundo pode estourar um dia. Guerras civis, entre nações, mundial, nada mudará. E o rico torna-se mais rico. E o pobre, mais pobre. Reabre-se o caminho, mais guerras. Cíclicas. Veja-se o dálite, quanta aceitação quanta paciência! Até quando? Os tiroteios em Norteamérica. Ataca-se escolas, hospitais, clubes, festa. E eles, querendo esconder uma revolução efervescente, calam o atirador, matando-o e constroem uma narrativa. Lobo solitário, esquizofrênico, paranoico e outros epítetos e há quem acredite. Até o dia em qu...
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