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                                Eu abri, com muita luta, sua boca. Tentava cuspir dentro, o cuspe não saía, estava com a boca cheia de saliva, mas não a conseguia expelir. As pessoas. Não faça isto com ela. Eu tentava me explicar. As palavras não saíam. Depois a abraçava e caía em prantos. Por quê tenho de sofrer estes tormentos? Mamãe, mamãe! Lanho, lanho sua boca. Cuspir dentro. Que faço? Chora, o choro consola. Lembra de ti, criança. Por quê te vejo sempre em agonia? Que culpa levaste contigo? Vens tu me pedir alguma coisa?

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