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                      Naiana, na maioria das línguas tupis e guaranis significa Flor do Mel, mas a história da nossa jovem Naiana não tem flores nem é tão melíflua quanto o nome diz. É que jovenzinha já se sentia nela alguma deficiência que a fazia diferente dos demais jovens de sua idade. Teve dificuldade para falar e entender as coisas, sendo sempre a última dos últimos alunos da escola que frequentava. Esta deficiência, entretanto, era compensada por sua esfuziante beleza. Não é que a garota começou a ter um comportamento estranho? Pois foi sua avó, Camila Alvarenga, que desconfiou de tudo e pôs a neta em confissão. Ela lhe disse que sua mãe a deu ao ex-prefeito para fazer sexo pelo valor de trezentos reais. Indignada procurou o promotor, que estava viajando, sendo aconselhada  a procurar o juiz. 
                No forum, a velha senhora procurou pelo juiz, tendo sido informada que o magistrado, Dr. Sergismundus Fredenandus, um homem sisudo e tido como implacável no combate ao crime, estava ocupado, que não poderia atendê-la no momento. Mas este povo da roça é turrão e insistiu, fazendo muita zoada, dizendo que só sairia dali depois de ser atendida pelo doutor que para isto ela pagava direitim seus impostos. Tanto insistiu e gritou que  o meritíssimo saiu do gabinete, ver de que se tratava. A velha, ao vê-lo, correu pedindo-lhe socorro para a neta. O sufeta recuou um pouco com asco, mas logo abriu um tímido sorriso que a anciã interpretou como um  socorro. Apontou para sua neta. Doutô ela é doente e abusaram dela. O togado parou atoleimado, olhando para Naiana. Chamou-a, venha cá minha filha. A menina levantou-se timidamente, dirigindo-se a ele que a levou para o gabinete, dando ordens de não ser incomodado, trancando-se com ela. Quase uma hora se passou, a avó já estava preocupada.

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