Eu abri, com muita luta, sua boca. Tentava cuspir dentro, o cuspe não saía, estava com a boca cheia de saliva, mas não a conseguia expelir. As pessoas. Não faça isto com ela. Eu tentava me explicar. As palavras não saíam. Depois a abraçava e caía em prantos. Por quê tenho de sofrer estes tormentos? Mamãe, mamãe! Lanho, lanho sua boca. Cuspir dentro. Que faço? Chora, o choro consola. Lembra de ti, criança. Por quê te vejo sempre em agonia? Que culpa levaste contigo? Vens tu me pedir alguma coisa?
Marlene? Sou, Engelhorn. Herdei uma fortuna e nada fiz para isto. E o Estado nem cobra impostos para redistribuir. Você, caro leitor deste mundo louco, acha isto justo? Tão jovem com tanto poder? Não sei como gastar. Injustiças do mundo. O trabalhador paga impostos de seu suado xelim. Não se redistribui, até um dia estourar tudo. Terão todos a paciência dos indianos? Não, o mundo pode estourar um dia. Guerras civis, entre nações, mundial, nada mudará. E o rico torna-se mais rico. E o pobre, mais pobre. Reabre-se o caminho, mais guerras. Cíclicas. Veja-se o dálite, quanta aceitação quanta paciência! Até quando? Os tiroteios em Norteamérica. Ataca-se escolas, hospitais, clubes, festa. E eles, querendo esconder uma revolução efervescente, calam o atirador, matando-o e constroem uma narrativa. Lobo solitário, esquizofrênico, paranoico e outros epítetos e há quem acredite. Até o dia em qu...
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